Coalizão Embalagens

Logística Reversa

Reutilização de materiais e geração de valor

O Sistema de Logística Reversa é um dos instrumentos instituídos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), por meio da Lei Federal 12.305/2010.

A Coalizão Embalagens se propôs a realizar ações para implementação do Sistema de Logística Reversa das embalagens que compõem a fração seca dos resíduos sólidos urbanos ou equiparáveis, ao assinar o acordo setorial para implementação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens em Geral.

Esse acordo, firmado entre o poder público (União e Ministério do Meio Ambiente) e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, visa à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

Assim, a Coalizão Embalagens tem relação direta com diversos instrumentos previstos no artigo 8º da PNRS. Conheça alguns deles:

Sistema de Logística Reversa: responsabilidade compartilhada

O Sistema de Logística Reversa é um dos principais instrumentos da PNRS e uma ferramenta para a implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

A Coalizão Embalagens é intermediária da governança do sistema estabelecido pelo acordo setorial para logística reversa das embalagens contidas na fração seca dos resíduos sólidos urbanos ou equiparáveis, que podem ser compostas de papel, papelão, plástico, metal e vidro, não incluídas aquelas que contiveram produtos classificados como perigosos pela legislação brasileira.

Acordo setorial

Os próprios acordos setoriais são instrumentos da PNRS. A Coalizão Embalagens foi instituída em atendimento ao Edital de Chamamento para elaborar o acordo setorial e gerir o Sistema de Logística Reversa de embalagens.

Capacitação de cooperativas

O incentivo ao desenvolvimento de cooperativas de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis é um dos principais mecanismos previstos na PNRS para a gestão compartilhada de resíduos. O acordo setorial prioriza a participação de cooperativas ou de outras associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

As empresas signatárias do acordo setorial, intermediadas e acompanhadas pela Coalizão Embalagens, comprometeram-se a investir em ações estruturantes junto a cooperativas, como forma de melhorar a capacidade administrativa, operacional e de produtividade dessas entidades na recuperação e no beneficiamento das embalagens pós-consumo e de outros materiais reutilizáveis e recicláveis frente aos desafios locais na gestão de resíduos urbanos.

Educação ambiental

A Coalizão Embalagens, por meio de seu Comitê de Comunicação, é responsável pelas estratégias relacionadas às campanhas de conscientização da população.

O objetivo é difundir os métodos existentes de não geração, redução, reutilização, reciclagem e descarte adequado das embalagens, além de demonstrar como a participação do cidadão é fundamental para viabilizar o Sistema de Logística Reversa.

Além das ações locais de comunicação, a Coalizão Embalagens promove o movimento “Separe. Não pare”, com conteúdo e ações de engajamento do consumidor final.

Logística Reversa

Depoimentos

Minha esposa e eu separamos o lixo orgânico do reciclável há anos. Mas comecei a fazer reciclagem de alguns materiais e ela [esposa] me acompanhou nessa atividade. Desde que começamos a entender os processos de reciclagem, a gente aprendeu a fazer uns vasos com cimento e isopor. Pegamos isopor que encontramos nas ruas e batemos no liquidificador. Depois misturamos com cimento e damos formas aos vasos. Daí é só pintar. É uma atividade interessante e prazerosa para os momentos em que estou em casa, agora que estou aposentado. Tanto que tenho essa ideia de transformar isso em um pequeno negócio mais para frente. Entender esse outro lado da reciclagem me fez refletir que essa é uma prática fundamental para todas as pessoas. Acredito também que vai se tornar uma questão de sobrevivência.

Josemir França, aposentado

Eu sou muito importante [para a cadeia de reciclagem]. Mas eu me sinto muito chique porque eu não faço isso por dinheiro. Eu faço para mostrar aos outros moradores que a reciclagem traz muitas oportunidades. Traz um salário digno que você consegue se sustentar, sustentar a sua família e ter uma vida digna.

É um trabalho que eu não sabia nada quando eu cheguei em São Paulo, há 35 anos. Morava na Paraíba e, no sítio que eu tinha com meu pai, vivia queimando a vegetação. Quando cheguei aqui [em Jardim Rio das Pedras] o bairro não tinha nada e um representante do local procurava nos ensinar sobre reciclagem e trabalho voluntário.

Com os anos, a população aumentou e nosso objetivo era limpar o rio que passava pelo bairro. Esse contato com a reciclagem me encantou. Trabalho com isso há 15 anos. Com o tempo, eu percebi que isso é algo que realmente transforma vidas.

Trabalhar com reciclagem é algo lindo. Eu acho lindo. Fiz cursos na USP e hoje sou especializada em triagem de eletrônicos, mas eu adoro trocar de lugar com outros catadores para identificar dificuldades na hora de separar os materiais. Eu aprendi muito com esse trabalho de reciclagem, de como criar novos produtos, de incentivar outros catadores. Eu fiz mesmo a diferença.

Renilda Diniz de Souza, catadora da Coopernova Cotia Recicla


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