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Trabalhando continuamente pelo avanço da logística reversa no país, a Coalizão Embalagens reúne organizações representativas do setor empresarial de embalagens em geral que, além de reconhecer a importância da separação e da destinação correta dos resíduos sólidos urbanos, atuam para a produção e comercialização de invólucros cada vez mais sustentáveis, tendência desse mercado altamente competitivo.
Segundo Relatório Global Packaging Trends 2020, publicação da Mintel, consultoria mundial focada na avaliação do comportamento do consumidor, as marcas devem continuar desenvolvendo inovações em embalagens recicláveis mesmo que ainda não existam recursos para reciclá-las. Essa indicação está fundamentada na importância que os consumidores dão para a sustentabilidade no mundo atual e em como essa percepção deve aumentar exponencialmente ao longo dos próximos anos.
O relatório afirma que entre 2020 e 2030 teremos uma nova onda de consumidores conscientes e nos depararemos com o auge da competição pelo desenvolvimento de embalagens alinhadas com as necessidades de preservação ambiental. Além disso, diz que esses consumidores vão recompensar as marcas que agem de forma sustentável e que os ensinam sobre os materiais que estão sendo usados e a melhor gestão desses resíduos.
Corroborando com o que dita o relatório da Mintel, a pesquisa TOP Packaging Trends 2020, da Innova Market, aponta a linguagem da sustentabilidade ambiental como a principal tendência do setor de embalagens. Segundo compartilhado pela publicação, na Alemanha, 38% dos consumidores buscam entender o impacto ambiental dos alimentos e bebidas que compram. E isso baseia a tomada de decisão na hora da aquisição dos produtos.
Outra tendência apontada pelo relatório da Mintel para o setor de embalagens está no fomento ao refil, ação que recupera o conceito do reúso. Segundo o documento, 37% dos consumidores britânicos afirmam que a possibilidade de recarregar produtos de higiene doméstica o fariam optar pelo estabelecimento comercial. No Brasil, uma simples ida ao supermercado é capaz de revelar esse cenário que se desenha. Hoje, produtos de higiene (como sabonetes líquidos), de limpeza (a exemplo de amaciantes de roupa) e alimentícios (como achocolatados e cafés) estão sendo muito comercializados em embalagens de refil ou em versões concentradas, promovendo uma diminuição considerável no volume de embalagens de uso único que chegam à casa dos consumidores e, depois, são descartadas.
No setor de bebidas, esse movimento é observado há anos e as garrafas retornáveis – de vidro ou PET – ganham cada dia mais espaço no comércio. No nosso país, segundo a CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), cerca de 43% dos mais de 14 bilhões de litros de cerveja consumidos anualmente são vendidos em embalagens retornáveis. Partindo para o setor de não alcoólicos, relatório da Coca-Cola – que produziu 9,4 bilhões de litros de bebidas em 2019 – diz que 21% das vendas totais de refrigerantes da marca naquele ano foram feitas em embalagens retornáveis, avanço de sete pontos percentuais no comparativo com 2010. Reutilizando os vasilhames, a marca deixou de colocar 1,6 bilhão de garrafas novas no mercado brasileiro ano retrasado.