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A nossa sociedade, habituada desde a Revolução Industrial a um modelo linear de produção e consumo, precisa entender que estamos em uma nova era. Neste novo tempo, um dos conceitos mais importantes da atualidade passou a ser a economia circular, que prega um consumo mais consciente, capaz de identificar chances de reaproveitamento dos materiais e, assim, reduzir o impacto na natureza.
De acordo com um levantamento da Bloomberg, em 2025, a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) deverá atrair cerca de US$ 53 trilhões em investimentos. “Anos atrás, as pessoas ainda duvidavam de ESG. Agora é real e impacta em todo e qualquer mercado”, diz Patricia Torres, diretora global de soluções de finanças sustentáveis da Bloomberg, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Parte significativa dessa discussão pode estar voltada à destinação adequada de resíduos e à reciclagem – temas que foram, inclusive, bastante abordados na COP 27.
Um relatório da Comissão Europeia, que trata de um Plano de Ação para a Economia Circular, endossa que a transação para um modelo circular exige o envolvimento e o empenho de diversos grupos de pessoas. Então, é natural que entre esses grupos estejam as grandes, médias e pequenas corporações.
Quando pensamos em reciclagem, obviamente direcionamos nosso olhar à necessidade de criar alternativas para melhorar a saúde do planeta. O que atenderia, prontamente, à parte de “meio ambiente” da agenda ESG. Mas não para por aí. A cadeia da reciclagem também tem uma atuação bastante expressiva na parte “social”, isso porque é capaz de gerar emprego e renda, melhorando a qualidade de vida de milhares de pessoas e, muitas vezes, contribuindo para a reinserção de trabalhadores no mercado formal.
Dessa forma, poderíamos pensar que o investimento empresarial em reciclagem pode também fazer com que as empresas ampliem seus índices de ações sociais? Há quem diga que sim!
Naturalmente, aqui, é preciso reforçar, mais uma vez, que a responsabilidade é sempre compartilhada. Então, para que as empresas possam investir nesse cenário, é função dos tomadores de decisões políticas criar condições de enquadramento, previsibilidade e confiança às empresas. Somente assim será possível avançar.
Com um panorama mais propício aos investimentos na economia circular, as empresas que hoje buscam melhor seus índices de ESG, poderão incrementar suas perspectivas de mercado – aumentando o valor de suas marcas – e de fato contribuir com uma vida mais justa e sustentável no mundo.