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Realizada no Egito, a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 27, terminou em 18 de novembro, com impacto positivo para os brasileiros e promessas que beneficiam o setor de reciclagem e gestão de resíduos.
No dia 10, o senador Alexandre Luiz Giordano (MDB-SP) (que representou o senado brasileiro na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), destacou ser imprescindível o tratamento eficiente dos resíduos sólidos como solução contra a degradação do solo.
“A criação de usinas de tratamento de resíduos traz a solução do aterro zero, que evita efetivamente a degradação do solo por meio de líquidos, reduz a poluição e a contaminação das áreas vizinhas e abre, ainda, a possibilidade de geração de energia por meio através do biogás, mistura gasosa combustível gerada pelo lixo orgânico”, explicou.
Ele completou afirmando que a incineração do lixo que não pode ser reciclado é alternativa para produção de energia e deu, como exemplo, o que acontece na Finlândia, país que já compreendeu que reciclar economiza recursos naturais, produz matéria-prima para a economia circular e gera novas oportunidades de negócios e busca, então, dar fim aos lixões.
Para melhor compreensão, é possível analisar dados do site This is Finland. O portal afirma que o país recicla 41% dos resíduos sólidos e incinera 58% para produzir energia. Como a gestão vem se tornando mais eficiente (a meta é elevar para 55% o índice de reciclagem até 2025), o número de lixões na Finlândia caiu significativamente: mais de dois mil foram fechados ao longo dos anos e, em 2019, restavam menos de 350 em todo o país.
Em sua palestra, o senador também destacou que o tratamento correto dos resíduos sólidos cria possibilidades de geração econômica e preservação do meio ambiente. Quem concordou com Giordano foi o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que discursou dia 16 na Cúpula do Clima, dando evidência à importância da reciclagem.
Lula iniciou sua fala cobrando que os países ricos mantenham a ajuda financeira para que os menos desenvolvidos consigam combater o aquecimento global. “O planeta a todo momento nos alerta de que precisamos uns dos outros para sobreviver. Que sozinhos estamos vulneráveis à tragédia climática”, disse.
O presidente eleito também aproveitou para adentrar a questão da reciclagem. Dentre as muitas promessas feitas em seu discurso, uma merece destaque. “Vamos gerar empregos em indústrias menos poluentes; na cadeia industrial da reciclagem, que melhora o aproveitamento das matérias-primas; e no saneamento básico, que protege nossa saúde e nossos rios, cuidando da água, elemento indispensável para a vida”, declarou.
Lula encerrou sua fala na COP 27 afirmando ser tempo de agir: “não temos tempo a perder, não podemos mais conviver com essa corrida rumo ao abismo”.