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Entre as exigências está a estruturação de uma gestão ambientalmente segura de resíduos
Há um bom tempo o Brasil trabalha para entrar para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como o “clube dos países ricos” e, em janeiro deste ano, finalmente recebeu uma carta oficial permitindo as negociações para que isso ocorra. Porém, trata-se de um processo moroso, sem data para ser concluído, e que requer esforços em diferentes setores, entre eles estão a sustentabilidade e a preservação ambiental.
Atualmente, a OCDE coordena políticas econômicas entre 38 países-membros e, de acordo com especialistas, fazer parte deste seleto grupo representa uma boa oportunidade de desenvolver um ambiente favorável ao crescimento econômico e aumento da produtividade, isso porque todos os países que participam são vistos como nações alinhadas às boas práticas internacionais.
Mas para que essa empreitada resulte em sucesso, o país precisa se adequar às exigências da organização. São, ao todo, 257 normas e, de acordo com divulgação recente do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil já aderiu a 112.
Para facilitar a compreensão de quais são as atuais diretrizes da OCDE quando o assunto é sustentabilidade, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou uma cartilha sobre economia circular e gestão de resíduos com as oportunidades para o Brasil definitivamente se alinhar ao que espera a Organização.
A cartilha aponta quais pontos o Brasil já está adiantado e quais seguem pendentes. Há, por exemplo, uma recomendação do conselho sobre a gestão ambientalmente segura de resíduos que o Brasil ainda precisa aderir. Ela trata de garantir que essa gestão em toda a área da OCDE seja realizada de maneira economicamente eficiente, resultando no menor impacto negativo possível sobre o meio ambiente. Além disso, prevê a implementação de 11 princípios de política geral que envolvem desde ter infraestrutura para regulação e fiscalização adequadas, até assegurar que as instalações que tratam os resíduos funcionem de acordo com as melhores técnicas disponíveis.
Outro ponto interessante apresentado na cartilha da CNI é que os investimentos em infraestrutura – incluindo ações que possibilitem o rastreamento de materiais ao longo de múltiplos ciclos, a logística reversa e o tratamento adequado dos resíduos – é um grande desafio para o país.
Por fim, entende-se que o Brasil ainda precisa trabalhar diversos aspectos de sustentabilidade para conquistar a tão sonhada entrada na OCDE e dar atenção aos projetos já existentes alinhados às melhores práticas globais é um caminho inteligente a seguir.