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Fórum Econômico Mundial previa crescimento do setor; dados brasileiros publicados no início do ano comprovam tendência
No último trimestre de 2020, o Fórum Econômico Mundial publicou um relatório com os 20 mercados que se mostravam mais promissores para o desenvolvimento de uma economia sustentável. O estudo, divulgado pela Forbes, aponta os segmentos com grande potencial de interferir positivamente tanto na forma como a sociedade consome quanto na sua relação com a natureza.
Pensando em conservação ambiental, o indicador sugeria alto potencial no mercado de reciclagem do plástico, considerando as três formas de reciclagem: mecânica (quando o material é transformado em um novo produto); química (quando o composto é transformado em óleos e matérias-primas para combustíveis); e energética (quando o material se transforma em um combustível alternativo).
Essa tendência trazida pelo periódico há alguns meses está sendo comprovada em território brasileiro. Em fevereiro deste ano, estudo da consultoria MaxiQuim para o Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria do Plástico ( ABIPLAST) com a Braskem, afirmou que a reciclagem mecânica de plástico pós-consumo no nosso país bateu recorde em 2019, atingindo um novo patamar. Segundo o relatório, o reaproveitamento chegou a 24% do volume de resíduo gerado pós-consumo, o que seria o maior índice já registrado.
Os dados, compilados com base em um mapeamento das indústrias de reciclagem mecânica de plásticos, apontam queda no número de empresas recicladoras e de empregos diretos, porém aumento no faturamento bruto, que passou de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,5 bilhões.
Enfatizam, inclusive, que em 2019 a reciclagem consumiu 1,3 milhão de toneladas de resíduos plásticos, o que representa crescimento de 5,2% no comparativo com 2018. Desse montante, 52,2% tiveram origem no pós-consumo doméstico, ou seja, são provenientes dos resíduos descartados pelas residências brasileiras. A informação demonstra o grande potencial da população na contribuição com a cadeia da reciclagem.
O envolvimento das comunidades na cultura sustentável também pode ser observado na expressiva redução de 15,1% nas perdas no processo de reciclagem de 2018 para 2019. Essas perdas acontecem principalmente pela contaminação dos materiais ocasionada por descuido ou desconhecimento dos consumidores no momento do descarte ou por falta de qualificação da triagem.
Ao enxergar redução nas perdas, o estudo sugere que os consumidores estão cada vez mais envolvidos e educados e enfatiza a relevância de ações focadas na educação da população, como é o caso do movimento “Separe. Não Pare”, mantido pela Coalizão Embalagens e dedicado a compartilhar informações sobre a separação e o descarte corretos de todos os materiais recicláveis.
Importante destacar que o mesmo estudo aponta crescimento de 2% no volume de resíduo plástico gerado entre os anos de 2018 e 2019, porém, em paralelo, crescimento de 10% no montante de material reciclado, reforçando o avanço da indústria recicladora e o potencial de crescimento do setor.